A inovação como resultado, não como meta
Ideias inovadoras não são necessariamente brilhantes. Elas devem ser relevantes e adaptáveis às necessidades do cliente, não muito difíceis de serem executadas no mercado e totalmente respaldadas por toda a organização. A inovação tem que vir como resultado, não como meta. Portanto, ao se deparar com uma ideia inovadora, faça sempre três perguntas:
- Para quem você está inovando?
- Por que você deveria fazer isso?
- O que essa ideia envolverá?
Esses questionamentos são importantes porque uma nova ideia fundamentada na realidade do negócio garante a verdadeira vantagem competitiva.
Aprendizados
- As inovações devem se concentrar no valor para os clientes, não na tecnologia ou na viabilidade.
- Inovações baseadas em aprendizados sobre os clientes são econômicas e provavelmente terão sucesso.
- Todas as inovações, não apenas as radicais, exigem total respaldo dos processos internos.
Não inove mera e simplesmente pela inovação. Uma ideia inovadora – seja ela um produto ou um serviço – deve ser um meio para atingir os objetivos de negócios, uma meta, como expandir a base de clientes, ampliar a participação de mercado ou otimizar os processos de produção.
Ideias inovadoras, mas sempre com o pé no chão
Ideias inovadoras muitas vezes parecem interessantes e intelectualmente estimulantes, mas podem não estar fundamentadas na realidade dos negócios. Portanto, é imprescindível que as organizações sempre se lembrem para quem elas estão inovando (clientes), por que elas devem fazer isso (objetivos de negócios) e o que isso envolverá (impacto organizacional).
Relevância para os clientes
As inovações impulsionadas pela tecnologia geralmente criam uma vantagem competitiva substancial, mas também podem ser dispendiosas e consumir muitos recursos. Os avanços tecnológicos comumente estão à frente do mercado, o que pode significar que os clientes não estejam prontos para aceitá-los ou mesmo adotá-los. Portanto, o foco das inovações não deve estar na tecnologia e na sua viabilidade, mas no valor e na relevância para as expectativas atuais e futuras dos clientes.
Para tanto, é fundamental que as organizações tenham insights de clientes para, então, conceber inovações que sejam tanto relevantes para eles como comercialmente viáveis. Ao responder a essas duas necessidades, as inovações tendem a ser rentáveis e com maior probabilidade de atingirem êxito.
Reconhecer os clientes fiéis com ofertas relevantes é uma ótima forma de se reconectar com eles.
De cima para baixo x de baixo para cima
Em sistemas grandes e complexos, como saúde e transporte público, as inovações geralmente são gerenciadas por uma abordagem de cima para baixo (top down). As orientações são fornecidas principalmente pela alta administração e os orçamentos geralmente são as principais alavancas. Essa abordagem envolve investimentos significativos, mudanças e gerenciamento de portfólio.
As organizações, no entanto, podem incentivar o alto volume de rápidas e pequenas inovações de sua equipe. Para que essa abordagem de baixo para cima (bottom up) seja bem-sucedida, as habilidades e a cultura certas para criar um ambiente de inovação precisam estar em vigor. Mas uma coisa é certa: seja qual for a abordagem, é preciso envolvimento contínuo de clientes, colaboradores e outras partes interessadas (como fornecedores).
Em direção ao ponto de inflexão
Ideias inovadoras precisam ter objetivos claros antes de entrar no mercado. Para identificar onde investir e com quais recursos, as organizações devem entender completamente todos os drivers de desempenho e como eles se relacionam, em vez de apenas monitorar os números de vendas ou o valor da marca isoladamente. Quando se coletam ativamente feedback de clientes e dados de usuários e se refinam suas ideias e plano de negócios de acordo com essas informações, é mais provável alcançar o ponto de inflexão para o sucesso comercial.
Toda a organização deve dar suporte às ideias inovadoras
Antes que sua ideia brilhante chegue ao mercado, pode existir mais um grande obstáculo: sua própria organização. Inovações bem-sucedidas, não apenas as radicais, precisam do apoio total de áreas e processos internos. Elas exigem fortes defensores internos da ideia, uma linguagem comum para transmitir a mensagem e os objetivos em toda a organização, além do financiamento necessário. Pilotos de ideias inovadoras não servem apenas para testar o mercado, mas também para expor o impacto nas organizações e as formas de se preparar para isso.
O custo de falhar após o lançamento é, em média, 100 vezes maior do que o custo da etapa de design.
A verdadeira vantagem competitiva
Mesmo as ideias inovadoras mais brilhantes falham no mercado se não criarem a experiência certa para o cliente. Portanto, é importante inovar em torno das necessidades do cliente e prototipar soluções antes do lançamento. Lembre-se: uma inovação comercialmente viável, com o apoio total de todos dentro de uma organização, oferece a você uma vantagem competitiva real.