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Guia para um projeto de design de serviço vencedor

Desafio (20%)

O primeiro critério é o desafio que o projeto pretende resolver. Procuro projetos que enfrentam desafios complexos e demonstram um profundo entendimento do problema. Quanto mais complexo o projeto, mais pontos ele ganha (como os ginastas fazem quando tentam exercícios mais difíceis). O projeto também deve demonstrar uma compreensão clara das necessidades do usuário e do contexto de prestação de serviços.

Além da complexidade, outros aspectos avaliados nesta categoria são: a relevância da resolução deste desafio para a sociedade e para o planeta, e o quão importante é para a organização resolvê-lo (qual a urgência do problema para o seu sucesso).

Metodologia (40%)

O segundo critério é a metodologia utilizada para projetar o serviço. Como é um prêmio de design de serviço, não apenas um prêmio de serviço, esse é critério de maior peso.

Ao avaliar projetos, procuro evidências de um rigoroso processo de design que envolve pesquisa com clientes e/ou funcionários, métodos de ideação (cocriação é obrigatória), prototipagem e teste, especificação final do serviço (blueprint e roteiro de implementação) e como resolveu o desafio da entrega para a implementação.

A metodologia deve ser bem documentada e claramente comunicada, fornecendo evidências suficientes de como cada etapa se desenvolveu, como as decisões foram tomadas e o que desempenhou um papel vital em cada uma dessas etapas.

Resultado (20%)

O próximo critério que considero é o resultado do projeto. Procuro evidências de que o projeto de design de serviço atingiu os objetivos pretendidos e criou valor para o usuário e para a organização. O projeto deve demonstrar um impacto mensurável na experiência do usuário, nas operações de serviço e nos negócios. Procuro também evidências da sua implementação, da originalidade ou inovação das soluções, bem como o quanto o resultado superou a expectativa do briefing original (caso seja o caso).

Considerando que essa etapa vale 20%, apenas os projetos que se destacam em todos os outros aspectos podem ser selecionados como finalistas, caso não tenhamos esta informação.

Qualidade de Envio (20%)

Finalmente, considero a qualidade da apresentação.
Eu procuro projetos bem organizados, claramente escritos e visualmente atraentes. A apresentação deve comunicar os objetivos, a metodologia e os resultados do projeto de forma eficaz. Este critério tem tudo a ver com storytelling, um elemento crucial também para projetos de design de serviço.

Bônus por fazer o bem (+10%)

À medida que o design de serviço se torna mais dominante nas organizações, nossa comunidade está de olho também  em como podemos garantir um impacto positivo no mundo através dos  nossos projetos. Assim, a mais recente adição aos critérios, conforme proposto pela atual presidente do Júri, Birgit Mager, é o quanto o projeto promove e resolve questões como diversidade, equidade, inclusão, ética e sustentabilidade.

Luis Alt Sócio Fundador

Fundador da Livework no Brasil, membro do júri do Service Design Award e autor do livro Design Thinking Brasil, é criador do primeiro curso sobre o assunto da América Latina, na ESPM. Engenheiro de Produção e Sistemas pela UDESC e Designer de Produto pela UNIVILLE, possui um Master em Design Management pelo Istituto Europeo di Design na Espanha.

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