Um blueprint não precisa necessariamente se resumir às informações acima e muitas outras coisas podem ser adicionadas, desde que seja informação relevante para quem irá utilizar o blueprint. Algumas informações comuns são citações de clientes quando determinada ação dá certo, criticidade de cada ação para a experiência do cliente, estatísticas históricas de satisfação do cliente, custos para a organização de se entregar o serviço, KPI’s (indicadores de performance) para acompanhar o desempenho da organização, entre outros.
Lembre-se, não existe uma única maneira “certa” de criar um blueprint. Quando se está estruturando um serviço ou analisando um existente o mais importante a se considerar é a forma mais fácil de transmitir tudo que é relevante sobre o serviço sem que seja muito genérico mas também sem ser detalhista demais.
Bônus: Aumentando a complexidade do Blueprint de Serviço
Divida o seu blueprint em colunas e linhas e, se você tiver muita informação “sobrando”, coloque números e letras que os identifiquem para que os pontos de contato possam ser referenciados em um documento. Assim, por exemplo, se o seu formulário de inscrição do seu site precisar de mais informações, é possível que ele esteja no canal website (linha C) e na ação “realiza a sua inscrição” (ação 12). Assim, o código C12 pode ser utilizado no relatório para dar mais explicações sobre o processo, falar de problemas comuns e como lidar com eles, mostrar uma árvore de decisões, processos associados, possíveis contextos de clientes, informações sobre as áreas responsáveis pelo ponto de contato e uma série de outras informações que possam ser úteis para quem for implementar ou prestar o serviço.
Se você quer ainda mais informação sobre como fazer um blueprint ou inclusive mais exemplos, você pode clicar aqui.
Próximos passos
Ainda não temos uma ferramenta para visualização da profundidade de um ponto de contato e, por isso, usamos novas camadas em locais separadas, como acabamos de comentar. No entanto, novas ferramentas surgem a cada dia para facilitar a maneira como disponibilizamos e visualizamos as informações, então é possível que blueprints interativos, com links e segundas e terceiras camadas de complexidade sejam possíveis de serem criadas muito em breve. Isso será útil para quem trabalha na estruturação de novos serviços mas, ainda mais importante, para quem é responsável por gerenciar e prestar os serviços pois, ao ter uma visão mais empática sobre a jornada do cliente e a informação exata nos dedos, poderá ser mais responsivo na hora de tomar alguma decisão.
Um blueprint de serviço é uma ferramenta muito poderosa e, infelizmente, ainda pouco explorada pelas organizações. Em nosso dia a dia de projetos vemos os olhos de executivos brilharem ao olhar para um blueprint e finalmente conseguir visualizar como o seu serviço se comporta, sendo capazes de tomar decisões que, agora sim, parecem muito simples mas que só são possíveis ao “ver” a jornada do cliente.